Allan Kardec

Allan Kardec

sábado, 10 de janeiro de 2015

Temor da Morte


Para muitas pessoas, o temor da morte é uma causa de perplexidade, falece-lhes fundamento para semelhante temor.  Mas, que queres!  Se procuram persuadi-las, quando crianças, de que há um inferno e um paraíso e que mais certo é irem para o inferno, visto que também lhes disseram que o que está na Natureza constitui pecado mortal para a alma!  Sucede então que, tornadas adultas, essas pessoas, se algum juízo têm, não podem admitir tal coisa e se fazem atéias, ou materialistas.  São assim levadas a crer que, além_da_vida_presente, nada mais há.  Quanto aos que persistiram nas suas crenças da infância, esses temem aquele fogo eterno que os queimará sem os consumir.
        Ao justo, nenhum temor inspira a morte, porque, com a fé, tem ele a certeza do futuro.  A esperança fá-lo contar com uma vida melhor; e a caridade, a cuja lei obedece, lhe dá a segurança de que, no mundo para onde terá de ir, nenhum ser encontrará cujo olhar lhe seja de temer.  
  • O homem carnal, mais preso à vida corpórea do que à vida_espiritual tem, na Terra, penas e gozos_materiais.  Sua felicidade consiste na satisfação fugaz de todos os seus desejos. Sua alma, constantemente preocupada e angustiada pelas vicissitudes da vida, se conserva numa ansiedade e numa tortura perpétuas. A morte o assusta, porque ele duvida do futuro e porque tem de deixar no mundo todas as suas afeições e esperanças.
  • O homem moral, que se colocou acima das necessidades factícias criadas pelas paixões, já neste mundo experimenta gozos que o homem material desconhece.  A moderação de seus desejos lhe dá ao Espírito calma e serenidade.  Ditoso pelo bem que faz, não há para ele decepções e as contrariedades lhe deslizam por sobre a alma, sem nenhuma impressão dolorosa deixarem.

     Quem teme a morte é o homem, não o Espírito. Aquele que a pressente pensa mais como Espírito do que como homem. Compreende ser ela a sua libertação e espera-a.

    Fontes:
    www.guia.heu.nom.br;
    Obra: "O Livro dos Espíritos", questões 858 e 941, de Allan Kardec;
    Romeu L. Wagner, Belém, Pará.
     

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